quinta-feira, 24 de março de 2011

Psicopedagogia - notícias-

Psicopedagogia

Está tramitando na Câmara dos Deputados novo Projeto de Lei que visa regulamentar o exercício da atividade de Psicopedagogia. O Conselho Regional de Psicologia da 1ª Região, preocupado com as consequências do Projeto para a psicologia, decidiu analisar o PL, que recebeu o nº 3.512/208, e montou um Grupo de Trabalho (GT) presidido pela conselheira Mariza Monteiro Borges, presidente do CRP-01.

Entre as definições propostas pelo Projeto de Lei, de autoria da deputada Raquel Teixeira, estão sendo definidas como atividades e atribuições do profissional formado em Psicopedagogia: a intervenção psicopedagógica e realização de diagnóstico, a utilização de métodos, técnicas e instrumentos Psicopedagógicos, a supervisão de profissionais em trabalhos teóricos e práticos de Psicopedagogia, e a direção de serviços de Psicopedagogia em estabelecimentos públicos ou privados, entre outros.

O Grupo de Trabalho do CRP-01 vai analisar o texto do PL para decidir as ações que podem ser tomadas pelo Conselho em defesa do mercado de trabalho da Psicologia. E vocês, psicólogos, leiam também o Projeto e enviem suas contribuições para essa discussão.

Leia o Projeto de Lei nº 3.512/2008 na íntegra
Envia suas contribuições para comunicacao@crp-01.org.br

Um comentário:

  1. Quando se trata do Projeto de Lei 3.512/2008, que é o Projeto de Lei que propõe a regulamentação da ocupação Psicopedagogia como profissão, tem gerado um certo alvoroço, medo, inconformação, e até um certo desespero por parte de alguns profissionais. Colegas, de todas as profissões, ocupações ou conselhos: o que todos os profissionais, principalmente os das áreas de educação e saúde deveriam estar de fato preocupados, é com a competência, com a qualificação de seus profissionais, com a qualidade dos cursos oferecidos, a educação continuada, a construção de suas habilidades para suas prática diárias.
    Deveriamos não poupar esforços para defender o estudo, a pesquisa e a excelência. Legislar, regulamentar profissões, fiscalizar, deixemos para os que tem essa função. A questão em destaque trata apenas em admitir um direito para o profissional que há muitas décadas já existe de fato. Ocupação ou profissão, não importa. Basta lembrarmos da Psicanalise, que é uma ocupação, porém profissionais de diversas áreas fazem uso de suas teorias sem receios, e sem polêmicas.
    O que importa são resultados, eficiência. Quando se diz DEFENDER o mercado, qual o mercado? Mercado não é uma entidade, não é um patrimônio. O que estabelece Mercado, Terreno, Território, é a competência. Não são títulos de graduação, pós graduação, doutorado, PhD. dessa ou daquela área.
    Quando se aponta para a necessidade de defender, se torna muito complicado a interpretação. Se defendo, dá idéia que se trata de algo ruim negativo, perigoso ou ameaçador. Devemos conceber sim, defendermos a nossa profissão, ocupação, labor, prática. mercado de trabalho, ou como queiramos aludir, sendo bons, estudando muito e pesquisando melhores abordagens, métodos, técnicas, instrumentos de trabalho, enfim, contribuindo para uma sociedade melhor. Defender de quem? Do quê? Defender de quem estuda? De quem diagnostica e trata das dificuldades de aprendizagem humana? De quem busca compreender os processos e obstáculos à aprendizagem?
    Precisamos aprender inclusive que conhecimento é para ser disseminado, ampliado, compartilhado. Querer reduzir o que é um campo do conhecimento, é utópico e sem contribuição nenhuma para o ser aprendente e para a sociedade. A Psicopedagogia valoriza, convoca, encaminha, cria elos com os profissionais que podem contribuir para o avanço do ser aprendente. A demanda de cada paciente é que determina quais os profissionais, e em que momento do levantamento diagnóstico ou do acompanhamento psicopedagógico é requisitado, e nesse momento o profissional requisitado é aquele que é bom, que tem nome, referencias, comprovados por evidências, aquele que é bastante procurado e indicado. É assim que se faz ciência.
    É salutar observar que só em nosso País e por parte de alguns Profissionais, que com certeza desconhecem os pressupostos da psicopedagogia, o embasamento teórico, as orientações, a semiologia, etc. é que fomenta idéias e ideais sugestivos de preconceito,correndo o risco de adotar condutas discriminatórias que vão de encontro aos códigos de ética. Além de denunciar a inconsistência de seus saberes!

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